O relatório psicológico é um documento escrito que reúne o procedimento e o diagnóstico do psicólogo. O objetivo é comunicar os resultados de uma avaliação, algo que é normalmente solicitado por profissionais como neurologistas, pediatras, professores, pais ou encarregados de educação. Quer saber como redigi-lo? Dizemos-lhe o que precisa de saber para o escrever e oferecemos-lhe um exemplo de um relatório psicológico para que se possa orientar. Assim, não perca!

O que é um relatório psicológico?

O relatório psicológico é um instrumento básico para avaliar e compreender o desenvolvimento emocional, cognitivo e comportamental dos indivíduos. Os profissionais de psicologia, pois, através deste documento, recolhem informações detalhadas sobre vários aspectos da vida do indivíduo, a fim de identificar possíveis dificuldades. Assim, o objetivo é estabelecer um diagnóstico adequado para conceber uma intervenção eficaz.

Para estabelecer um diagnóstico, portanto, o psicólogo baseia-se em vários métodos de avaliação:

  • Entrevistas com a pessoa e a sua família.
  • Observações diretas.
  • Testes psicométricos.
  • Questionários normalizados.

Como redigir um relatório psicológico

Se estruturam este documento de forma clara e ordenada. Portanto, deve seguir um formato normalizado que facilite a sua compreensão e permita a sua leitura por outros profissionais (professores, tutores, médicos, etc.). Para redigir um relatório psicológico, ademais, se utilizam as seguintes diretrizes ou estrutura:

Partes e estrutura

A fim de facilitar a leitura e a compreensão do relatório, principalmente se seguem uma ordem de estruturação de acordo com estas partes:

  1. Informações de identificação. Inclui dados básicos sobre a pessoa que está a ser avaliada, tais como nome, idade, data de nascimento e antecedentes familiares.
  2. Motivo da consulta. Se descrevem o motivo da avaliação psicológica de forma sucinta.
  3. Informações de base. Se recolhem informações relevantes sobre a história médica, psicológica e familiar do indivíduo, bem como sobre quaisquer acontecimentos significativos que possam ter influenciado o seu desenvolvimento.
  4. Procedimento de avaliação. Esta secção, pois, descreve as técnicas e os instrumentos utilizados durante a avaliação, principalmente entrevistas, testes, observações, etc.
  5. Resultados. Neste ponto do relatório, embora, se presentam os resultados mais relevantes. Ademais, se incluem os resultados dos testes, as observações clínicas e a análise das informações recolhidas.
  6. Diagnóstico. Se for caso disso, inclui-se um diagnóstico psicológico baseado nos critérios estabelecidos nos manuais de diagnóstico internacionais, como o DSM-5 ou a CID-10.
  7. Conclusões e recomendações. Resumem-se as conclusões da avaliação e apresentam-se recomendações específicas para responder às necessidades identificada, principalmente quer a nível terapêutico, familiar ou social.

Exemplo de um relatório de psicologia infantil

Assim, segue-se um exemplo de um relatório de psicologia infantil para sua orientação:

Dados de identificação:

Nome: Ana García.
Idade: 8 anos.
Data de nascimento: 15/06/2018.
Nível de escolaridade: 3º ano do ensino básico.
Situação familiar: Vive com os pais e dois irmãos mais novos.

Motivo da consulta:

A avaliação psicológica foi solicitada pela escola devido a dificuldades no desempenho académico e a problemas de comportamento na sala de aula.

Antecedentes:

Ana é a mais velha de três irmãos e vive num ambiente familiar estável. Não tem antecedentes médicos relevantes. No entanto, os pais referem dificuldades emocionais desde o nascimento do seu irmão mais novo, há dois anos.

Procedimento de avaliação:

Foram realizadas entrevistas com os pais e a professora da Ana, bem como observações na sala de aula. Além disso, foram administrados testes psicométricos para avaliar o QI, as competências académicas e o funcionamento emocional da Ana.

Resultados:

A Ana apresenta um QI dentro da média, mas revela dificuldades significativas na leitura e na escrita. Ademais, ao nível do comportamento, observa-se impulsividade, dificuldade em manter a atenção e conflitos interpessoais na sala de aula.

Diagnóstico:

É estabelecido um diagnóstico provisório de Perturbação de Aprendizagem Não Especificada e Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), necessitando de uma avaliação mais aprofundada por um especialista.

Conclusões:

Recomenda-se uma avaliação multidisciplinar para confirmar o diagnóstico e elaborar um plano de intervenção individualizado que inclua, ademais, apoio educativo, terapia psicológica e aconselhamento aos pais e educadores.

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