A baixa autoestima nas crianças afeta gravemente o bem-estar emocional e social dos meninos e meninas. É importante ajudá-los a construir uma autoestima saudável para que possam enfrentar desafios, relacionar-se positivamente com os outros e ter uma visão positiva de si mesmos. Assim, neste blog, exploraremos o que causa a baixa autoestima nas crianças, como identificá-la e o que fazer para ajudar uma criança com baixa autoestima.

O que causa a baixa autoestima nas crianças?

A baixa autoestima nas crianças pode ser resultado de diversas causas, principalmente relacionadas com as suas experiências e o ambiente em que crescem. Assim, algumas das causas mais comuns incluem:

  1. Críticas constantes: As crianças que recebem críticas constantes dos pais, professores ou colegas podem desenvolver uma visão negativa de si mesmas.
  2. Expectativas irreais: Quando se espera demasiado de uma criança, ela pode sentir-se frustrada e desvalorizada por não conseguir cumprir estas expectativas.
  3. Comparações com outros: Comparar uma criança com os seus irmãos, amigos ou colegas de turma pode fazer com que se sinta inferior.
  4. Bullying: Ser vítima de bullying pode minar a confiança e a autoestima de uma criança.
  5. Ambiente familiar instável: Os conflitos familiares, o divórcio ou a falta de apoio emocional podem afetar negativamente a autoestima de uma criança.

Como saber se uma criança tem baixa autoestima?

Atualmente, identificar a baixa autoestima em crianças pode ser um desafio, mas há sinais que podem indicar que uma criança está a lutar com a sua autoestima:

  1. Falta de confiança: Uma criança com baixa autoestima pode duvidar das suas habilidades e ter medo de tentar coisas novas.
  2. Autocrítica excessiva: Crianças com baixa autoestima costumam criticar-se severamente e podem usar frases como “sou estúpido” ou “nunca faço nada bem”.
  3. Evasão de desafios: Podem evitar situações que consideram difíceis ou novas para não enfrentar o risco de falhar.
  4. Problemas sociais: Sobretudo, a baixa autoestima pode levar a dificuldades em fazer amigos e relacionar-se com outras crianças.
  5. Mudanças no comportamento: Irritabilidade, tristeza ou raiva sem uma razão aparente podem ser sinais de baixa autoestima.

Descobre mais e aprende sobre os tipos de apego infantil e como influenciam a autoestima.

O que fazer com uma criança com baixa autoestima?

Se suspeitas que uma criança tem baixa autoestima, é importante agir para melhorar a sua percepção de si mesma e o seu bem-estar emocional:

  1. Fomentar o diálogo aberto: Fala com a criança sobre os seus sentimentos e ouve-a sem julgamentos. Demonstra que as suas emoções são válidas e compreensíveis.
  2. Reforço positivo: Elogia os seus esforços e conquistas, por pequenas que sejam. Afinal, o reforço positivo ajuda a construir uma imagem positiva de si mesma.
  3. Estabelecer metas alcançáveis: Ajuda a criança a estabelecer e alcançar metas realistas. Assim, celebrar estas conquistas pode melhorar a sua confiança.
  4. Modelar uma autoestima saudável: Sê um bom exemplo mostrando uma autoestima saudável e um comportamento positivo.
  5. Prover apoio constante: Assegura-te de que a criança sente o teu apoio incondicional, independentemente dos seus sucessos ou fracassos.

Como ajudar o meu filho/a com baixa autoestima?

Ajudar o seu filho/a a superar a baixa autoestima é um processo que exige paciência e consistência. Aqui estão algumas estratégias eficazes:

  1. Criar um ambiente positivo: Fomente um lar onde o amor, o apoio e o respeito sejam constantes. Um ambiente positivo ajuda as crianças a sentirem-se seguras e valorizadas.
  2. Fomentar a independência: Permita que o seu filho/a tome decisões e assuma responsabilidades adequadas à sua idade. Isso pode aumentar o seu sentido de competência e autoestima.
  3. Ensinar habilidades sociais: Ajude o seu filho/a a desenvolver habilidades para relacionar-se com os outros de maneira positiva. Ademais, habilidades sociais fortes podem melhorar a autoestima.
  4. Praticar a autocompaixão: Ensine o seu filho/a a ser gentil consigo mesmo, especialmente em momentos difíceis. A autocompaixão é fundamental para uma autoestima saudável.
  5. Buscar ajuda profissional: Se a baixa autoestima persistir, considere procurar a ajuda de um psicólogo infantil ou de um conselheiro escolar que possa trabalhar com o seu filho/a.

A baixa autoestima nas crianças é um problema sério, mas com o apoio adequado e as estratégias corretas, as crianças podem desenvolver uma visão mais positiva de si mesmas e crescer com uma autoestima saudável e robusta. Como pais e cuidadores, o nosso papel é fundamental para orientá-los neste caminho, oferecendo o amor e a compreensão de que precisam para florescer.

Mestrado Internacional em Psicologia Infantil e Adolescente + Mestrado Internacional em Coach e Inteligência Emocional Infantil e Juvenil